sábado, 21 de fevereiro de 2009

Brasil é 3º país com maior número de línguas em risco de extinção


O Brasil é o terceiro país do mundo com o maior número de línguas ameaçadas de extinção, segundo a nova edição do Atlas Interativo de Línguas em Perigo no Mundo, apresentado nesta quinta-feira na sede da Unesco, em Paris.

O Atlas, acessível a partir desta quinta-feira no site da Unesco, reúne 2,5 mil línguas ameaçadas no mundo, que podem desaparecer até o final deste século.

Segundo o levantamento, feito por 25 linguistas, 190 línguas indígenas correm risco de desaparecer no Brasil, sendo que 45 delas foram classificadas na categoria de risco mais elevado.

Dois exemplos são o kaixána, falado por apenas 1 pessoa em Japurá, no Amazonas, e o mawayana, preservado por somente 10 indígenas, na fronteira com a Guiana.

O Atlas também contabiliza 12 línguas mortas no Brasil, quase todas situadas na região da Amazônia.

Diversidade x preservação

"O êxodo rural e a instalação de grandes empresas e multinacionais na região amazônica e nos Andes são os principais fatores externos que contribuem para o desaparecimento das línguas indígenas", afirma Marleen Haboud, especialista em línguas andinas.

O Atlas indica ainda que as regiões da América do Norte, América Latina e Ásia concentram o maior número de idiomas em perigo.

A Índia lidera o ranking, com 196 línguas ameaçadas, seguida pelos Estados Unidos, Brasil, Indonésia, México e China.

"O perigo é maior nas regiões onde há maior diversidade", explica Françoise Rivière, subdiretora geral da Unesco para a cultura.

Todas as informações podem ser consultadas de maneira interativa no site da Unesco. Os internautas podem fazer pesquisas por país, categoria de risco ou nome da língua.

As línguas são classificadas segundo 5 categorias de risco : vulneráveis, em perigo, seriamente em perigo, em situação crítica e línguas mortas.

Das cerca de 6,7 mil línguas faladas no mundo, 200 já desapareceram completamente nas últimas três gerações, 538 estão na categoria de risco crítico e 199 são faladas por menos de 10 pessoas, segundo a Unesco.

(fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/02/090219_atlas_linguas_aw.shtml)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

IPHAN lança novo edital para projetos sobre preservação do patrimônio cultural brasileiro

O IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional com o apoio da Fundação Darcy Ribeiro (Fundar), está selecionando projetos de pesquisa sobre a história da preservação do Patrimônio Cultural no Brasil. A seleção visa ao apoio e fomento de pesquisas por meio da concessão de bolsas a pesquisadores com graduação e mestrado concluídos nas áreas de Ciências Humanas, Ciências Sociais, Lingüística, Letras e Artes.
Serão apoiados cinco projetos, com bolsas de pesquisa no valor de R$ 13.500,00 cada. Os selecionados também participarão de um seminário na cidade do Rio de Janeiro. As monografias e os artigos farão parte do acervo das bibliotecas do IPHAN espalhadas pelo Brasil e poderão vir a ser publicadas pela instituição. Cada região do Brasil terá um projeto selecionado.As inscrições estão abertas até o dia 2 de março de 2009 e os editais podem ser retirados no sítio eletrônico www.iphan.gov.br.(Fonte: IPHAN)

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Extradição de Battisti seria erro, diz historiador

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) importarão uma crise interna da Itália se decidirem, em março, extraditar o extremista italiano Cesare Battisti, contrariando o refúgio concedido a ele em janeiro pelo Ministério da Justiça. A avaliação é do historiador e escritor ítalo-brasileiro José Luiz Del Roio, que vive em Milão há 36 anos e foi senador no governo do ex-premiê Romano Prodi (2006-2008). "Se quiserem entender o que estão discutindo, os brasileiros precisam levar em conta o momento atual da Itália, que é de uma polarização política radical", disse Del Roio ao Estado.

O extremista foi condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos nos anos 70 e recebeu o estatuto de refugiado político no Brasil no mês passado, o que provocou forte reação do governo do premiê italiano, Silvio Berlusconi. "Battisti é antes de qualquer coisa um grande azarado", disse Del Roio, que, no Brasil, foi membro da Aliança Libertadora Nacional (ALN), de 1967 a 1974 , e na época tinha contato com grupos políticos europeus, mas nunca ouviu falar do grupo de Battisti, o Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

Na quinta-feira, Berlusconi deu novos sinais de recrudescimento de sua política conservadora ao aprovar no Parlamento uma medida que autoriza médicos a denunciarem imigrantes ilegais que busquem os hospitais. A nova lei também criou patrulhas civis para fiscalizar a população das periferias.

Em resposta, o principal jurista do processo de combate às máfias italianas na década de 90, o político italiano Antonio Di Pietro, enviou uma carta ao presidente da Itália, Giorgio Napolitano, acusando Berlusconi de "seguir os passos do Partido Nacional-Socialista Alemão dos anos 30", distanciando-se da "democracia fundada no direito". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

(fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/07022009/25/politica-extradicao-battisti-seria-erro-diz.html)

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Crise econômica sem economês

Entendendo a crise econômica desde a ótica do bar do seu Biu - circula na internet

Rola pela internet via e-mail e em alguns blogs uma explicação muito peculiar da atual crise econômica. Sem enrolação, e sem economês:

O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobre preço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento, tendo o pindura dos pinguços como garantia.
Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.
Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capitais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu
(fonte: http://defesadotrabalhador.blogspot.com/)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Domínio Público.gov

Isso as redes de comunicação não divulgam! É o site domíniopúblico.gov (http://www.dominiopublico.gov.br/), site do governo que detém uma extensa lista de obras literárias, músicas em mp3 e artes plásticas, entre outros. O problema é que o site está em vias de ser apagado, pois o número de acessos tem sido bastante pequeno. Acessem, divulguem, repassem... Pois um portal como esse tem importância capital para nossa formação, e para nossos futuros alunos.

link: http://www.dominiopublico.gov.br/

sábado, 3 de janeiro de 2009

Senado aprova criação do Instituto Brasileiro de Museus

O Senado Federal aprovou, por unanimidade, o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 191/08, que cria o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e reestrutura o Ministério da Cultura, com a criação de novos cargos. Agora o projeto segue para a sanção presidencial. O projeto cria 425 cargos efetivos do Plano Especial de Cargos da Cultura. Além desses cargos para o novo Instituto, haverá a criação de 330 DAS e funções gratificadas que serão divididos entre o Ministério da Cultura e as instituições vinculadas - Iphan, Fundação Palmares e o próprio Ibram. Outras informações: www.cultura.gov.br/.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Mundo lembra os 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos

PARIS (AFP) — França e ONU comemoravam, nesta quarta-feira, os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em Paris, cujos valores foram postos em risco em nome da luta contra o terrorismo e freqüentemente temperados pelo realismo político.

Co-fundador da ONG Médicos sem Fronteiras, inspirador do direito de ingerência humanitária, o ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, deu o tom das celebrações no dia de hoje. "Há uma contradição permanente entre os direitos do homem e a política externa de um Estado, mesmo na França", declarou.

"A política deve ser impregnada de direitos humanos, mas isso não resume uma política externa", acrescentou.

A elaboração da Declaração Universal dos Direitos do Homem se seguiu aos traumáticos anos decorrentes da Segunda Guerra Mundial, do nazismo e do Holocausto. Seu texto foi adotado pelos 58 Estados, então membros da Assembléia-Geral da ONU, criada em 1945, para substituir a Liga das Nações.

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos", proclama o primeiro artigo da Declaração, que enumera, em 30 pontos, direitos humanos, civis, econômicos, sociais e culturais, "inalienáveis" e "indivisíveis".

"Os pessimistas dizem que as coisas vão mal, que o mundo é horrível. Os outros, como eu, dizem: não, vocês não sabem olhar a História. Nunca houve tanto progresso em 60 anos", declarou à AFP Stéphane Hessel, um jurista de 90 anos, que participou da redação do texto.

Os defensores dos direitos humanos apontam, porém, recuos e interrogações, em especial, após os atentados do 11 de Setembro.

"O fenômeno mais importante, mesmo que ele não esteja sozinho, está ligado ao que chamamos de pós-11 de Setembro", observou Patrick Baudouin, presidente de honra da Federação Internacional das Ligas dos Direitos Humanos (FIDH).

"Vimos toda uma série de reações dos Estados Unidos e de outros países ocidentais, totalmente negativas, no que diz respeito às liberdades", disse ele ao jornal "Le Monde".

A Anistia Internacional já fez um apelo ao presidente americano eleito, Barack Obama. "Espero, realmente, que os Estados Unidos tomem um posição firme sobre os direitos humanos no futuro", afirmou a secretária-geral da organização, Irene Khan, em conversa com a AFP.

A questão do universalismo dos direitos do homem também se coloca com a emergência de grandes países como China e Rússia, ou ainda no que diz respeito ao lugar das religiões na organização dos Estados.

Na China, vários dissidentes, signatários de uma carta aberta em favor dos direitos políticos, foram presos na véspera dessa data. Em Harare, advogados zimbabuanos fizeram uma passeata até a Suprema Corte, onde entregaram uma petição denunciando as violações dos direitos humanos por parte do governo.

A França, autoproclamada pátria dos direitos do homem, marcou o aniversário com a entrega de um prêmio, concedido a cinco associações, entre elas a Fundação marroquina Oriente-Ocidente - por sua luta em defesa das pequenas "criadas" marroquinas, forçadas a trabalharem como domésticas desde a infância - e a Women's Development Organization, da Somália.

Uma cerimônia também deve acontecer à noite, no mesmo local em que a Declaração foi proclamada, no Palácio de Chaillot, em 10 de março de 1948.

Em Nova York, a ONU pretende celebrar a data com um discurso da comissária de Direitos Humanos, Navi Pillay.

Na França, as comemorações também foram marcadas por uma polêmica entre o chanceler Bernard Kouchner e a secretária de Estado para os Direitos Humanos, Rama Yade. Segundo Kouchner, a criação dessa secretaria de Estado, em 2007, em nome do realismo das relações entre os Estados, foi "um erro".